30 de dezembro de 2010

UM BOM SORRISO PRA TODOS


Enfim, amigos, depois de um tremendo tempo, quase um mês, estou eu aqui postando no abandonado e querido blog Banda Mamão, o meu primeirão. O tempo cada vez mais curto, impossibilita as coisas e aí vamos levando do jeito que pode ser. Mas ele está aqui e eu vire e mexe, estou sempre de olho nele, para ver a quantas anda.
Óbviamente não poderia encerrar esse ótimo ano de 2010 sem postar algo. E o que colocar aqui para vocês, então? Desculpem o meu excesso de corujisse, mas minha única opção foi postar um desenho que fiz do meu filhão Gabriel em junho último, quando o garotão estava ainda com quatro meses e em fase de expansão. Coisa que continua ainda à todo vapor, claro que para alegria e desespero da mamãe Romana e o papai aqui. Quem me conhece pessoalmente já percebeu que minha barba ganhou uns tantos cabelos brancos. C'est la vie.
A vinda desse esperado ser humano trouxe outro ar para nossas vidas, minha e da esposa, e para mim, muita alegria e novos aprendizados, novos entendimentos, muita gratidão e a confirmação de coisas que já vinham se consolidando em minha cabeça há alguns anos e é claro, a alquimia de todas essas coisas e algumas outras mais, deixará o antigo no seu merecido lugar e o vindouro, recebendo-o com muita alegria e de novo, gratidão.
Enfim, é esse o sentimento que permeia esse vosso humilde escriba e velho amigo de vocês, mesmo os amigos só virtuais, não importa, a egrégora é uma só, caríssimos, e espero que o novo que sempre vem e a esperança no melhor, esteja com todos para 2011, 2012, 2013  por aí vai.
A gente para pra sorrir um pouco antes da meia-noite do dia 31, respira bem fundo e de novo sorri. É isso que faz a nossa existência simples e plena do que realmente precisamos.
Grande beijo a todos, queridos irmãos!
Até 2011!

28 de novembro de 2010

CAPA COM YESHUAH

Já está nas bancas a edição 110 da revista Publish (Editora Dabra, R$ 13,50), especializada em artes gráficas, design, criação, gráfica, etc.. Neste número, a jornalista Luciana Porfírio fez uma entrevista comigo sobre meu trabalho, os anos de criação, ilustração, aprendizados, minha parceria de longo tempo com Mister Omar Viñole, histórias em quadrinhos e principalmente a trilogia Yeshuah.

Como destaque, além da entrevista, ganhei a capa dessa edição e nada melhor que meu trabalho mais querido e “personagem” preferido para ilustrar.
Abaixo, um passo a passo dessa capa que desenvolvi com Yeshu, Miriam Magdalit, Shimon e Yaakov, personagens de Yeshuah. Um primeiro estudo, um layout mais definido, lápis definitivo e depois a cor do Omar.



















9 de novembro de 2010

RECUERDOS DE GOIÂNIA

É aquela história, um monte de desenhistas, ou a grande maioria, ou todos, sei lá, não importa, anda com seus caderninhos de rabiscos, ou sketchbook pra "chiquear" a coisa e ficar mais na moda. Claro, eu não sou excessão, afinal de contas, alguma coisa para ajudar nas considerações sobre "ser" aquilo que se pensa que é. Ah, enfim...

Tempos atrás estive em Goiânia trabalhando em um congresso fazendo caricaturas ao vivo: leitinho do Gabriel é caro e as jóias que minha esposa ganha de mim, mais ainda. Bem, minha cerveja é meio cara, mas como não bebo muito.
Abaixo alguns desenhos feitos por lá: impressões de pessoas e coisas melhores e constantementes observadas e que ainda me gusta mutcho.


Abaixo, um desenho feito no hotel. Na verdade a coisa toda veio após olhar o tamanho da minha "barriguinha" no espelho do banheiro. Aliás, nada traumatizante só constatado, aí, todo esse desenho foi feito para minha barriga. É isso.

É uma coisa meio besta explicar, explicar desenho, mais algumas histórias são boas, pelo menos para mim que presenciei e fiz. O desenho abaixo é de um cara meio parecido com o Humberto Gessinger do Engenheiros do Hawaii (ai...) que ficava numa praça em frente ao hotel, tocando violão e balançando seus longos cabelos durante o dia todo quase. O legal era que ele te olhava com aquele aspecto de "ah, gente babacam sou artista e você é apenas normal!" Sabe como é?


Pô, e eu nem mostrei o desenho para ele...

3 de novembro de 2010

COISAS DE AMOR

Salve, queridos amigos.
Tempo anda curto e a gente já se acostumou com isso. Prometo na próxima postar alguns desenhos e mesmo novidades que é sempre bom.

Por enquanto deixo para vocês coisas fundamentais na minha vida. Coisas que são a minha vida e meu amor.

21 de outubro de 2010

A BOA E VELHA SACANAGEM

Essas ilustrações acima são da época em que produzia material direto para editora Rickdan (revista Sexy), além das hq's da saudosa Tianinha, também publicadas pela mesma editora. Os desenhos eram feitos à partir de contos ou de relatos "verídicos" dos leitores.
Na verdade, a boa e velha sacanagem, real ou na ficção.

10 de outubro de 2010

O TOTINHA QUE NÃO ERA TOTINHA

Sou morador do bairro da Pompéia há muitos anos. Muitos. E adoro aqui, embora devo dizer que este bairro já teve tempos mais calmos e de menos prédios. Mudanças inevitáveis para uma grande cidade.
O bairro é popularmente conhecido pelas artes e pela música. Aqui na minha rua mesmo mora um músico cubano e uma das delícias é passar algumas tardes ouvindo-o ensaiar com outros músicos. Acreditem, som de primeira.
Berço do rock paulistano também: Mutantes, Made in Brazil, Rádio Taxi, Tutti-Frutti, Rita Lee, Lee Marcucci. Enfim, mais um tanto de figuras fundamentais outras nem tanto.
O Totinha é uma das figuras ímpares e não tão fundamentais à princípio, que mora por aqui. Parece algo paradoxal, mas é por aí mesmo, acreditem. Esse cidadão de seus sessenta anos acredito (nunca perguntei sua idade), possui uma "banca de jornais" no corredor de sua casa, uma residência simplês mas razoavelmente grande. Especialidade da "banca do Totinha": muié pelada. Edições antigas da Playboy, Private. Sexy e outras que não me recordo.
-Ô, você precisa ir lá dar uma olhada nas novidades. Tem cada uma!
Dizia Totinha para mim quando nos encontrávamos pelas ruas da Pompéia, mais especificamente ali pelas ruas Miranda de Azevedo, Raul Pompéia, Barão do Bananal ou Cotoxó.
Um detalhe curioso é que Totinha é uma figura que vive a reclamar das coisas e contar casos de discussões que tivera com sua irmã ou alguma pessoa. Totinha é daquelas pessoas que procura dar veracidade, digamos assim, quando conta alguma dessas discussões. A veracidade é tamanha que quem passa na rua e vê ele conversando, tem a impressão que está acontecendo uma discussão ali. Entenderam? Sim e dá para perceber algumas situações chatas que passei. Mas tudo bem.
Um outro detalhe curioso é que o Totinha é fanho e tem um problema de dicção, trocando "p's" e "t's" entre outras palavras. Confesso que na maioria das vezes quando me encontro com ele ou tenho uma visita sua aqui no meu estúdio, 90% de sua conversa não consigo entender, limitando-me à responder:
-Ah, é verdade mesmo! Ou -É, você tá certo mesmo!
E quando percebo que ele está contando aqueles casos em que discutiu com alguém por alguma razão que óbviamente também não entendi, limito a algumas conclusões chaves:
-É foda, né ?!
-Ah, é complicado mesmo!
Há algum tempo atrás, início da noite, lá apareceu Totinha aqui para um  bate-papo e contar suas novidades e lá no meio de nosso papo, soltei uma das minhas frases prontas:
-Tá certo, Totinha.
E aí que para meu espanto, ele vira para mim, seríssimo e diz:
-Por que está me chamando de Totinha? Lembrem-se, fanho e com problemas de dicção, mas aí consegui entender, óbvio.
-Ué, Totinha não é seu apelido, rapaz?
-Tá louco, meu, nunca! Tirando seu RG velho da carteira e mostrando-me. Meu nome é Antonio... o sobrenome, me desculpem, não me recordo.
-Mas eu sempre te chamei de Totinha e você nunca falou nada!
-Quê?! Não, nunca me chamaram assim. Ih, "totê tá toido"!
Bem, à partir daquele dia então nunca mais chamei o Totinha de Totinha. Acredito que ou eu, durante esses anos todos tenha confundido seu nome com apelido mais seus problemas de dicção ou o Totinha (não consigo pensar que o seu apelido não exista) esteja esclerosando.
Mas enfim, ainda nesse nosso último encontro, ele antes de ir embora disse sua frase clássica,
referindo-se à sua "banca de jornais":
-Ô, você precisa ir lá dar uma olhada nas novidades. Tem cada uma!




30 de setembro de 2010

YESHUAH, LANÇAMENTO NO RIO

Vamos pro Rio agora, amigos. Quem for de lá, apareça!

11 de setembro de 2010

AGUARDO TODOS POR LÁ!







Desculpe, amigos, faltou o horário: à partir das 19:30h.

30 de agosto de 2010

AH, ESSES HOMENZINHOS!

Mais alguns desenhos oriundos de um dos meus caderninhos. Aqueles estranhos e tão comuns homenzinhos de sempre que habitam o nosso inconsciente e mesmo o nosso dia a dia.

11 de agosto de 2010

O CÉU DO JAPI

Desenho feito recentemente num sítio na Serra do Japí em Jundiaí/São Paulo, um lugar muito querido, importante e de grandes e amados amigos.
Aqui, uma manhã de domingo bem cedinho, captando todo o clima que se encontrava o local e eu.


2 de agosto de 2010

YESHUAH - O CÍRCULO INTERNO O CÍRCULO EXTERNO: UMA PRÉVIA

A Devir divulgou o lançamento para setembro agora do segundo volume de Yeshuah, O círculo interno o círculo externo.
Trago para vocês então, uma prévia do que irão encontrar nessa segunda parte desta história.


Até setembro!!

26 de julho de 2010

O INIGUALÁVEL HOMEM-GRILO

Quem está por dentro do cenário dos Quadrinhos Nacionais e principalmente dos independentes deve provavelmente conhecer esse intrépido herói. Se não, bem, meu caro, vá no básico, ou seja, consulte a internet que lá você vai se inteirar da coisa, sem haver enganos.
O Homem-Grilo é criação do roteirista, professor de história e estudioso de grego antigo Cadú Simões, grande figura e como se não bastasse o cara foi mentor e fundador do coletivo 4ºMundo e nessa empreitada toda ainda ganhou o troféu HQ Mix, na 20ª edição, como roteirista revelação.
Acima, amigos, minha versão do intrépido herói, ou anti-herói, que seja. Mas quem é o Homem-Grilo? Uma paródia dos super-heróis? Na ótima definição de seu criador: “Seria, se não fosse o fato das histórias de Super-Heróis já serem uma comédia à parte. Existe algo mais ridículo do que alguém usar uma cueca por cima da calça? Ou um sujeito que combate o crime com uma fantasia de morcego? O que você me diz então de alguém que foi picado por uma aranha radioativa? Mais ridículo que isso, só mesmo alguém que foi “mordido” por um grilo radioativo.”


Preciso dizer mais?
Então, confira o site do próprio:

http://homemgrilo.com/

22 de julho de 2010

BREVE PASSAGEM POR FLORIPA

Em maio último estive em Florianópolis trabalhando em um congresso fazendo caricaturas ao vivo. Como sempre na corrida, mal tive tempo de curtir essa bela cidade. Mas alguma coisa foi registrada no caderninho.
Meu hotel era ao lado da Ponte Hercílio Luz. Então era só desenhar.
Da janela do restaurante do hotel, mais uma daquelas imagens que o olhar às vezes nos prega uma peça... ou não?

Fazia uns vinte anos que havia estado em Floripa pela primeira vez. Essa rápida passagem agora deu para sentir apenas o gostinho, com um tempo bonito e nem tão frio.





Floripa, um dia eu volto.

14 de julho de 2010

TEATRO, DESENHOS, VELHOS CLÁSSICOS: FONTES DE INSPIRAÇÃO

Algumas outras formas de arte às vezes são uma constante na vida e no dia a dia, além é claro, daquela que é nossa já, que é nosso ofício. No meu caso, em especial, casado com uma atriz há 17 anos (isso mesmo!) já estou mais que acostumado a falar sobre teatro, ter amigos do meio e respirar essa forma, às vezes mais do que o desenho e quadrinhos. Aliás, foi por causa do teatro que conheci minha esposa: primeiro como fã, depois amigo e por aí foi...



Por vezes, vou lá dar uma passeada mais afundo e acabo colaborando com a “minha arte” para essa outra, que como disse, enfim, uma parceira cotidiana. Já produzi muito desenho de figurino para alguns espetáculos e isso é algo que gosto muito: ver aqueles rabiscos saírem do papel e virarem roupas e adereços de verdade. Assim como alguns cartazes.


Aqui, trago para vocês um trabalho mais ou menos recente, feito no ano passado para um espetáculo teatral produzido e atuado pela minha esposa, Romana Vasconcellos. Trata-se de uma comédia que satiriza justamente o meio teatral. Escrita pelo também ator e amigo de anos, Néviton de Freitas. Tive oportunidade de acompanhar todo o processo de gestação desse texto: criação dos personagens e trilha sonora. Obviamente que, mais que gostar como disse, o fato de ser casado com uma atriz e especificamente falando dessa comédia, produtora e atriz principal, não tinha jeito, minha participação como disse, chegou a ser mais que um mero espectador de sua evolução criativa, chegando a batizá-la: “Ninguém tem medo de Dora Izadora”. Como a peça conta as desventuras de uma atriz canastrona e decadente que tem um ego altíssimo, lembrei-me imediatamente do nome de um espetáculo teatral e que foi um filme de muito sucesso nos anos 60 com Elizabeth Taylor, “Quem tem medo de Virgínia Woolf” a idéia minha proposta foi brincar com esse título indo para sua intenção de maneira contrária.


Para fechar propus uma arte para o cartaz que remetesse a algo meio folhetinesco, meio capa de pulp-fiction e mais uma vez busquei a idéia em clássicos do cinema: Sunset Boulevard ou Crepúsculo dos Deuses na versão brasileira. Clássico absoluto de 1950 do grande diretor Billy Wilder e protagonizado pela emblemática Glória Swanson (se nunca viu esse filme, assista-o, é obrigatório). O filme que conta sobre uma atriz Hollywoodiana decadente e louca tem uma maravilhosa seqüência final que serviu de inspiração para o cartaz. Daí foi só produzir algumas fotos de minha esposa já como a protagonista Dora Izadora, encarnando a cena final de Sunset Boulevard para usar como referência.


Omar, parceiro de sempre, arrematou todo esse trabalho com a maestria de suas cores. E claro, vale dizer, a peça atualmente viaja pelo interior e alguns outros estados e logo aporta em temporada aqui em São Paulo.

7 de julho de 2010

YESHUAH : 3 INDICAÇÕES AO PRÊMIO HQ MIX

Essa semana a comissão organizadora do Troféu HQ Mix, o mais importante prêmio dos quadrinhos nacionais, enfim divulgou a lista oficial dos candidatos ao 22º prêmio que será entregue no dia 02 de setembro de 2010 no teatro do Sesc Pompéia.



Yeshuah – assim em cima assim embaixo está indicado em três principais categorias : Melhor Desenhista, Melhor Roteirista e Melhor Edição Nacional Especial. Claro estou felicíssimo com as indicações e vamos torcer!





Para esse ano o troféu será uma homenagem aos 50 anos de carreira do Maurício de Souza e será a escultura do personagem Astronauta.

Bem, e para maiores detalhes, confiram http://trofeu-hqmix.blogspot.com/

4 de julho de 2010

SATYROS E SADES DESENHADOS E TRANSPIRADOS

No ano passado, o querido amigo Gualberto Costa, figura que dispensa maiores apresentações, durante o evento Satyrianas que ocorre anualmente aqui na Praça Roosevelt (quatro dias ininterruptos de teatro e outras formas artísticas gratuitas), evento este criado pelo grupo de teatro Os Satyros, juntou aproximadamente 60 desenhistas para produzirem três páginas de quadrinhos cada um baseadas no livro “Cia. De Teatro Os Satyros: Um palco visceral” de Alberto Guzik.



O Gual me convidou para essa empreitada e como não dá para recusar um pedido dessa queridíssima figura, me embrenhei nessa. Os capítulos que seriam escolhidos pelos artistas convidados eram de livre escolha. Optei pelo que conta sobre o momento da encenação d’Os Satyros do “Filosofia da alcova” do Marquês de Sades. Motivo muito simples: além de ser razoavelmente conhecedor da obra, uma das atrizes, Mônica Negro, que encarnou a personagem Justine, em uma das últimas montagens do texto pelo grupo, é uma amiga querida de muitos anos e sei particularmente o desafio que ela teve em encarnar a referida libertina do hall de controversos personagens de Sades.


Segundo o próprio Gual, há uma conversa armada para que futuramente esse projeto vire um álbum. Aqui então, minhas páginas produzidas.






28 de junho de 2010

UNS ESQUISITINHOS II

Na outra postagem mostrei para vocês umas estranhas figuras que às vezes passam pela cabeça sem muito o porque (à princípio, pelo menos). Agora outros tipos "curiosos" bem reais que cruzam pelo caminho da gente e é claro, não se pode deixá-los passar "em branco".

23 de junho de 2010

UNS ESQUISITINHOS

Costumeiramente uns tipinhos bem estranhos passam pela cabeça da gente....

14 de junho de 2010

OUTRAS FORMAS DO OLHAR

Exercitar o olhar, a observação, a mente, sempre é importante. Abaixo alguns rabiscos feitos em diferentes ocasiões, no caso, trabalhando com um “outro olhar”. Não há muito que explicar. O caminho é o da percepção mesmo.


2 de junho de 2010

TEM UNS TIPINHOS AÍ...

Durante algum tempo mantive no site sobre quadrinhos Bigorna, a coluna do Banda Mamão, lá escrevia e desenhava sobre quadrinhos em geral: obras, pessoas e tudo mais. Um período legal, pois gosto de escrever e expor idéias além do traço. Porém, as imagens abaixo foi um das postagens na coluna que mais teve retorno dos visitantes do site, acredito que nem preciso explicar muito.

O título destas duas páginas foi FIGURINHAS TÍPICAS DOS NOSSOS QUADRINHOS.
Quem não viu na época, está aí de novo e quem já viu... será que dá para se encaixar em algum tipo?

Para quem ainda não conhece, o site Bigorna é um tremendo espaço legal para se ler sobre quadrinhos, principalmente nacionais. Vai o link:

23 de maio de 2010

YESHUAH: UMA TARDE NO ESTÚDIO

Pois é, queridos amigos, o tempo anda curto. Correria. Muita coisa "ao mesmo tempo agora" como costumo dizer, mas tento manter meus blogs atualizados na medida do possível.

Uma breve passada no estúdio, enquanto trabalho nos desenhos do terceiro e último Yeshuah que ficará para 2011.

Estudos de personagens e alguns livros que serviram como referência para os três volumes.

E esses são meus dois amores absolutos que vivem por aqui no estúdio.

10 de maio de 2010

CORPORATIVOS DESENHADOS

O desenho abaixo foi feito durante um congresso, um evento corporativo onde fui fazer caricaturas ao vivo. Enquanto esperava o cliente chegar a seu stand, observava as pessoas presentes indo e vindo com seus ternos e tailleurs perfeitos, pastas, celulares do último tipo e notebooks. Outra história e um outro mundo, claro. Particularmente durante os anos que faço esse tipo de evento ganhei muitos bons e grandes amigos. Pessoas impagáveis. Claro que também vi muita coisa de torcer completamente o nariz, o queixo e todas as partes do corpo.



De qualquer modo é um mundo que de um jeito ou de outro sempre nos faz aprender com ele.

26 de abril de 2010

YESHUAH II : IDÉIAS DE CAPA

            À partir dessa postagem, começo a trazer para vocês alguns detalhes do processo de criação da trilogia Yeshuah, algo que confesso, já deveria ter feito desde o lançamento da primeira parte. Como estamos, eu e o Omar, trabalhando já num ritmo acelerado da produção do segundo volume, vou então, comentar alguns detalhes desse novo álbum.
           E começando pelo princípio, ou pela frente, ou pela fachada, enfim, começando pela capa...


           "Assim em cima assim embaixo", a primeira parte, teve uma capa muito forte e que no geral, agradou à todos. Sem muitos detalhes, mostrava Maria numa visão de cima para baixo meio acuada, meio assustada, protegendo seu recém-nascido Jesus. Essa idéia de capa remete ha uma sequencia específica da hq logo após o parto. Para a concepção dessa segunda hq, não havia nada definido, a não ser, claro, que deveria apresentar Jesus de uma maneira forte. Havia também uma vaga idéia para o título, incialmente pensei em "O que está dentro e o que está fora", pois esse segundo volume mexe justamente com todo o universo interior do que pensa Yeshu (Jesus), o que quer transmitir para as pessoas e como reage o universo ao seu redor. As distâncias entre esses dois mundos: o que está fora e o que está dentro. Simples.

   Inicialmente pensei na figura de Jesus para capa dentro de um postura meditativa que remetesse ha uma sequencia do início desse segundo volume. A postura deveria estar distante da versão católica, óbvio, e como foi a linha do primeiro volume.  A imagem então, mostraria Jesus dentro de um profundo estado espiritual.
Em conversas com o Omar, me foi sugerido porém, que para essa capa deveria também haver muita, muita gente, pois  enfim é algo notório nesse segundo volume, o tempo todo no decorrer da história o leitor verá sem´pre multidões, muita gente, em várias situações e esse excesso, digamos assim, levaria a um contraponto com a figura de Jesus proposta.

Um primeiro estudo então da capa surgiu e à princípio demonstrava toda a questão que o título propunha, a sede insana das pessoas pela salvação enquanto o próprio Jesus
que então, propõe uma outra coisa, uma outra idéia, em um estado separado. De novo em conversa com o Omar, ele me atentou para um importante e significativo detalhe: "Sim, ele está de frente para o leitor, mas por que está de costas para as pessoas?".
Uma questão fundamental e que de modo algum poderia existir, pois isso não ocorre na hq e principalmente vai contra qualquer idéia que se tem à respeito da figura de Jesus, não importa em que religião, crença ou o que for.
De volta para prancheta e para os estudos e em muitas noites sentado no sofá em frente à tv com vários papeis rabiscando, rabiscando muitas idéias soltas e foram muitas, acreditem e é claro, a maioria, uma boa maioria foi jogada fora.

De todos os estudos feitos enfim, cheguei a duas idéias o qual mostro acima: a primeira inicialmente me pareceu graficamente bonita para capa e seguia de certa forma, a idéia do primeiro esboço, inclusive mostraria mais alguns personagens importantes nessa segunda parte como Pedro e a própria Maria Madalena. O título do álbum também havia sido mudado, embora mantendo a mesma idéia: "O círculo interno o círculo externo" melhor simbolizava a idéia, inclusive com a questão do círculo e todo o seu símbolismo. Porém, uma questão um pouco similar ao primeiro estudo também veio: "Por que agora ele está de costas para o leitor se o mesmo já conheceu seu rosto na primeira parte?", além, claro,  era fundamental que houvesse um contato direto nessa capa do leitor com uma expressão mais forte do protagonista.
A segunda imagem acima mostra um outro estudo  feito à partir do primeiro desenho, o inicial, que mostra Jesus numa postura meditativa e agreguei a idéia do primeiro esboço de capa com as pessoas em volta dele. Embora essa idéia também tenha me agradado julgando que resultaria num belo resultado gráfico depois de pronta, um problema muito sério estava nesse esboço e que novamente bateria contra o conceito do meu Jesus nesse quadrinho (e mesmo dentro das religiões), sua postura embora meditativa e num pleno estado, mostrava-o apático às pessoas a sua volta. Definitivamente não.

Resolvi então dar um tempo nessa procura. Relaxar, mandar o raciocínio para outro canto ou melhor, me preocupar com partes mais imediatas da produção do álbum. Depois de algum tempo, refiz algumas idéias como por exemplo a de ter muita gente na capa e focar apenas na figura de Jesus e na sua postura dentro do significado do título e mesmo da sequencia inicial do álbum em que mostra sua "provação" no deserto: a capa mostraria então um Jesus de olha seguro, firme, certo do que ele é. Olhando diretamente para o leitor, sentado numa posição meditativa, dentro de um círculo, o seu, o interno, porém com o sutil e importante detalhe de estar com a mão direita fora desse círculo pegando um pouco da terra. Idéia pronta. Mais que aprovada.

O próximo passo agora cabe ao Omar, fechar na cor e isso, claro, vou deixar para que vejam com o álbum lançado.
    

14 de abril de 2010

PRA GENTE GRANDE VER 2

Depois de um tremendo tempo sem postar nada, estou de volta. Tempo curto, nem preciso explicar pois isso é comum à todos.

Aqui mais alguns antigos desenhos feitos para revistas masculinas, melhor dizendo para revista "G Magazine" que ilustrei durante um bom tempo.

O primeiro é um estudo para um texto falando sobre possibilidades de fantasias sexuais para casais gays e a segunda, já uma arte pronta, na aquarela, sobre os "machos" que moram sozinhos

Essa ilustra já arte-finalizada posteriormente ganhou cores do photoshop também foi feita para mesma matéria sobre "os machos" que moram sozinhos.



Como disse, ilustrei durante um bom tempo a revista "G Magazine" e um detalhe que sempre foi curioso é que muitas vezes não conseguia o exemplar da editora com meu material para meus arquivos , resultado, lá ia eu nas bancas comprar a edição. Para não "pagar um mico" (olha eu!), geralmente ia numa banca bem, mas bem distante do bairro que moro.
Uma ocasião, estava atrás de uma edição em que tinha o ícone "macho" dos anos 70, David Cardoso na capa, onde eu havia feito uma série de ilustras sobre mães de gays e que gostara muito do resultado.
Chegando na capa, lá fui eu, discretamente perguntando ao jornaleiro: "O senhor tem a G Magazine desse mês? É a que tem o David Cardoso na capa."
No mesmo instante o atencioso jornaleiro informou-me que não tinha mais essa edição, mas começou a me mostrar umas três, quatro outras revistas gays. Enfim, tive que informar ao jornaleiro: "Não, não, eu quero a do David Cardoso mesmo." E fui embora.


Provavelmente o jornaleiro deve ter me achado completamente apaixonado pelos músculos do coroa David Cardoso.