30 de setembro de 2011

OS ANTIGOS FANZINES E AS MUSAS DE SUAS CAPAS

           
            Recentemente o velho e querido Moacir Torres, grande mestre dos  quadrinhos infantis   ( http://www.turmadogabi.blogspot.com/) trouxe de volta em sua página no Facebook uma série de antiga capas de fanzines dos anos 80 e 90, muitas pois foi um período muito produtivo em todo país onde despontou muita gente que escreve e desenha e muitos ainda estão na ativa até hoje. Num período em que nem se pensava no computador como objeto doméstico, a coisa toda acontecia via correio para os intercâmbios e xerox, a santa e bendita copiadora era a gráfica dos artistas alternativos.
             Fui  bem atuante, principalmente entre meados dos anos 80 e início dos 90. Nunca cheguei à editar um fanzine, pois lá com minha jovem cabeça de aprendiz de desenhador na época, a curtição era mais de produzir, fazer, contar histórias em quadrinhos.
             Nesse resgate que o Moacir Torres fez dessas capas de fanzines, muitas tinham meus desenhos lá e não por acaso todos com garotas gostosas e óbvio sempre com pouca ou nenhuma roupa. Incrível essa obsessão que os desenhistas tem em fazer mulheres extremamente gostosas e com pouca roupa! 
             Com a profissionalização como ilustrador e na atual fase dos nossos quadrinhos, arrisco à dizer que praticamente não se produz mais esse tipo de publicação independente, principalmente pela facilidade que as gráficas de hoje oferecem em seus custos e pela cabeça dos editores/autores independentes em querer produzir um material mais próximo do profissional. Por outro lado, com a internet e seus infinitos blogs e semelhantes, o jovem autor pode muitíssimo bem montar seu fanzine virtual e torná-lo infinitamente mais acessível pela própria funcionabilidade que a internet oferece.

            Os tempos mudaram e estão mudando. Que bom!!!!!



* Agradecimento muito especial para o André Leal que enviou-me a capa do zine "Profecia"
          

14 de setembro de 2011

TOCA, RAUL!

            Em tempos de clássicos de nossa música desenhados, uns estudos feito dias atrás.

9 de setembro de 2011

UMA GUERREIRA GOSTOSONA E UM BANDO DE ZUMBIS

            Não dá para levar essa coisa de zumbis a sério, dá? Pelo menos para mim não. E acredito que para maioria também não. A coisa virou nos últimos anos artigo pop, consumo e mais consumo. É zumbi pra tudo quanto é lado, seriado, cinema, quadrinhos... música? talvez... alguém me avise se souber.
            Mas claro, todos sabem que a coisa é muito antiga e não é de hoje que o cinema nos brinda com essas figuras de olhar bobo, gemendo, andando como se estivessem feito cocô nas calças e braços levantandos, andando sem rumo. Enfim, que me desculpem os adoradores do gênero, mas eu acho engraçado e isso, desde o clássico do George Romero, lá dos finais dos anos sessenta "A noite dos mortos-vivos".
        Bem, se é divertido, então tá perfeito. Vamos nos divertir.
        Há algum tempo atrás, o desenhista Will, querido amigo e tremendo artista, me chamou para desenhar uma hq de seu personagem Demetrius Dante, um investigador de casos sobrenaturais, para uma revista que lançaria, "Sideralman"nº2. Nesta hq, o detetive do absurdo enfrenta justamente um bando de zumbis que atacam na Avenida Paulista!! Situação mais que inusitada criada pelo roteirista Cadú Simões. Então, graças à benevolência do roteirista e do criador do personagem, tive a liberdade de brincar em todos os sentidos nesta hq, desde um zumbi com um boné escrito "I love Sapopemba", até onomatopéias digamos, um tanto sutis para esses nossos queridos babões mortos-vivos. O resultado foi legal e divertido. Acredito que os fãs do personagem curtiram.
         Enfim, algum tempo depois, essa mesma pegada bem humorada voltou à minha prancheta e desta vez com algo mais, digamos assim, um saborosíssimo algo mais: uma guerreira gostosona, destemida, macho pra cacete, pois com um facão nas mãos faz miséria, num mundo pós apocalíptico e (nessa hq, no caso) recheado de zumbis. Receita perfeita para diversão.
            A hq se chama "Café da manhã com os mortos", protagonizada pela Valkíria, personagem criada por outro querido amigo, parceiro roteirista, Alex Mir, juntamente com o desenhista Alex Genaro. A personagem ficou conhecida nas páginas da antiga revista "Tempestade cerebral" e volta agora na revista trimestral "Lorde Kramus", editada pela editora Universo do roteirista Gil Mendes.
           Não há muito o que contar dessa hq, acredito que vale mais a diversão de uma boa leitura despreocupada, com uma personagem bacana que garante boa dose de aventura e no caso, mais uma vez, a boa parceria e confiança do Alex em confiar seu roteiro nas minhas mãos, proporcionou de minha parte combinações que adoro fazer numa boa história em quadrinhos descompromissada.
          Vale ainda dizer, que a publicação "Lorde Kramus" vem se solidificando no mercado de bancas e chega a seu quarto número, sempre trazendo as aventuras desse guerreiro bárbaro em traço de desenhistas de primeiro time como Hélcio Rogério, Allan Goldman, entre outros. Vale muito a conferida. Boa diversão, bons desenhos e bons roteiros e está nas bancas!