26 de julho de 2010

O INIGUALÁVEL HOMEM-GRILO

Quem está por dentro do cenário dos Quadrinhos Nacionais e principalmente dos independentes deve provavelmente conhecer esse intrépido herói. Se não, bem, meu caro, vá no básico, ou seja, consulte a internet que lá você vai se inteirar da coisa, sem haver enganos.
O Homem-Grilo é criação do roteirista, professor de história e estudioso de grego antigo Cadú Simões, grande figura e como se não bastasse o cara foi mentor e fundador do coletivo 4ºMundo e nessa empreitada toda ainda ganhou o troféu HQ Mix, na 20ª edição, como roteirista revelação.
Acima, amigos, minha versão do intrépido herói, ou anti-herói, que seja. Mas quem é o Homem-Grilo? Uma paródia dos super-heróis? Na ótima definição de seu criador: “Seria, se não fosse o fato das histórias de Super-Heróis já serem uma comédia à parte. Existe algo mais ridículo do que alguém usar uma cueca por cima da calça? Ou um sujeito que combate o crime com uma fantasia de morcego? O que você me diz então de alguém que foi picado por uma aranha radioativa? Mais ridículo que isso, só mesmo alguém que foi “mordido” por um grilo radioativo.”


Preciso dizer mais?
Então, confira o site do próprio:

http://homemgrilo.com/

22 de julho de 2010

BREVE PASSAGEM POR FLORIPA

Em maio último estive em Florianópolis trabalhando em um congresso fazendo caricaturas ao vivo. Como sempre na corrida, mal tive tempo de curtir essa bela cidade. Mas alguma coisa foi registrada no caderninho.
Meu hotel era ao lado da Ponte Hercílio Luz. Então era só desenhar.
Da janela do restaurante do hotel, mais uma daquelas imagens que o olhar às vezes nos prega uma peça... ou não?

Fazia uns vinte anos que havia estado em Floripa pela primeira vez. Essa rápida passagem agora deu para sentir apenas o gostinho, com um tempo bonito e nem tão frio.





Floripa, um dia eu volto.

14 de julho de 2010

TEATRO, DESENHOS, VELHOS CLÁSSICOS: FONTES DE INSPIRAÇÃO

Algumas outras formas de arte às vezes são uma constante na vida e no dia a dia, além é claro, daquela que é nossa já, que é nosso ofício. No meu caso, em especial, casado com uma atriz há 17 anos (isso mesmo!) já estou mais que acostumado a falar sobre teatro, ter amigos do meio e respirar essa forma, às vezes mais do que o desenho e quadrinhos. Aliás, foi por causa do teatro que conheci minha esposa: primeiro como fã, depois amigo e por aí foi...



Por vezes, vou lá dar uma passeada mais afundo e acabo colaborando com a “minha arte” para essa outra, que como disse, enfim, uma parceira cotidiana. Já produzi muito desenho de figurino para alguns espetáculos e isso é algo que gosto muito: ver aqueles rabiscos saírem do papel e virarem roupas e adereços de verdade. Assim como alguns cartazes.


Aqui, trago para vocês um trabalho mais ou menos recente, feito no ano passado para um espetáculo teatral produzido e atuado pela minha esposa, Romana Vasconcellos. Trata-se de uma comédia que satiriza justamente o meio teatral. Escrita pelo também ator e amigo de anos, Néviton de Freitas. Tive oportunidade de acompanhar todo o processo de gestação desse texto: criação dos personagens e trilha sonora. Obviamente que, mais que gostar como disse, o fato de ser casado com uma atriz e especificamente falando dessa comédia, produtora e atriz principal, não tinha jeito, minha participação como disse, chegou a ser mais que um mero espectador de sua evolução criativa, chegando a batizá-la: “Ninguém tem medo de Dora Izadora”. Como a peça conta as desventuras de uma atriz canastrona e decadente que tem um ego altíssimo, lembrei-me imediatamente do nome de um espetáculo teatral e que foi um filme de muito sucesso nos anos 60 com Elizabeth Taylor, “Quem tem medo de Virgínia Woolf” a idéia minha proposta foi brincar com esse título indo para sua intenção de maneira contrária.


Para fechar propus uma arte para o cartaz que remetesse a algo meio folhetinesco, meio capa de pulp-fiction e mais uma vez busquei a idéia em clássicos do cinema: Sunset Boulevard ou Crepúsculo dos Deuses na versão brasileira. Clássico absoluto de 1950 do grande diretor Billy Wilder e protagonizado pela emblemática Glória Swanson (se nunca viu esse filme, assista-o, é obrigatório). O filme que conta sobre uma atriz Hollywoodiana decadente e louca tem uma maravilhosa seqüência final que serviu de inspiração para o cartaz. Daí foi só produzir algumas fotos de minha esposa já como a protagonista Dora Izadora, encarnando a cena final de Sunset Boulevard para usar como referência.


Omar, parceiro de sempre, arrematou todo esse trabalho com a maestria de suas cores. E claro, vale dizer, a peça atualmente viaja pelo interior e alguns outros estados e logo aporta em temporada aqui em São Paulo.

7 de julho de 2010

YESHUAH : 3 INDICAÇÕES AO PRÊMIO HQ MIX

Essa semana a comissão organizadora do Troféu HQ Mix, o mais importante prêmio dos quadrinhos nacionais, enfim divulgou a lista oficial dos candidatos ao 22º prêmio que será entregue no dia 02 de setembro de 2010 no teatro do Sesc Pompéia.



Yeshuah – assim em cima assim embaixo está indicado em três principais categorias : Melhor Desenhista, Melhor Roteirista e Melhor Edição Nacional Especial. Claro estou felicíssimo com as indicações e vamos torcer!





Para esse ano o troféu será uma homenagem aos 50 anos de carreira do Maurício de Souza e será a escultura do personagem Astronauta.

Bem, e para maiores detalhes, confiram http://trofeu-hqmix.blogspot.com/

4 de julho de 2010

SATYROS E SADES DESENHADOS E TRANSPIRADOS

No ano passado, o querido amigo Gualberto Costa, figura que dispensa maiores apresentações, durante o evento Satyrianas que ocorre anualmente aqui na Praça Roosevelt (quatro dias ininterruptos de teatro e outras formas artísticas gratuitas), evento este criado pelo grupo de teatro Os Satyros, juntou aproximadamente 60 desenhistas para produzirem três páginas de quadrinhos cada um baseadas no livro “Cia. De Teatro Os Satyros: Um palco visceral” de Alberto Guzik.



O Gual me convidou para essa empreitada e como não dá para recusar um pedido dessa queridíssima figura, me embrenhei nessa. Os capítulos que seriam escolhidos pelos artistas convidados eram de livre escolha. Optei pelo que conta sobre o momento da encenação d’Os Satyros do “Filosofia da alcova” do Marquês de Sades. Motivo muito simples: além de ser razoavelmente conhecedor da obra, uma das atrizes, Mônica Negro, que encarnou a personagem Justine, em uma das últimas montagens do texto pelo grupo, é uma amiga querida de muitos anos e sei particularmente o desafio que ela teve em encarnar a referida libertina do hall de controversos personagens de Sades.


Segundo o próprio Gual, há uma conversa armada para que futuramente esse projeto vire um álbum. Aqui então, minhas páginas produzidas.