26 de outubro de 2009

BONITINHAS

Não há nada de muito excepcional à princípio. Duas bonitas senhorinhas juntas. Estava sentado atrás delas e própria simplicidade da coisa dispensa maiores palavras.

22 de outubro de 2009

ZUMBIS COMENDO GENTE NA PAULISTA!!!!

lA onda de filmes de zumbis já perdura há um bom tempo já e graças a alguns blockbusters que rondam nossos cinemas e locadoras. Confesso que nunca fui apaixonado por esse gênero de filme de terror, embora alguns clássicos como “A noite dos mortos-vivos” do George Romero ou trash como “Zumbi Holocausto” são do meu pleno agrado. Claro, há o antigo “A montanha dos canibais” com a então deliciosa Ursula Andress, primeira bond-girl, aparecendo nua nesse filme onde a loira se vê perdida no meio de uma tribo de canibais, clássico trash dos anos 70. Ok, o filme fala de canibais e não de zumbis, mas é tudo um pessoalzinho esquisito que adora comer carne humana... embora comer a carne da Úrsula Andress não é tão de mau gosto assim.

Mas o gênero, conforme disse, nunca foi do meu agrado e confesso que nunca levei a sério (se é que é para levar). Essa história de uns caras putrefados andarem pra lá e pra cá, com a boca aberta babando e gemendo comendo umas pessoas meio lesadinhas que não correm e nem conseguem escapar dessas figuras que rastejam, no mínimo é engraçado. Mas, isso é uma opinião pessoal, respeito os adoradores do gênero que levam isso (sic) a sério.

Com essa idéia então, topei participar da nova revista do “Sideralman” do desenhista Will, grande cara e grande quadrinista. A convite dele, desenhei uma história em quadrinhos de seu outro personagem, Demetrius Dante, um investigador de casos sobrenaturais e insólitos. O roteiro do Cadú Simões brinca com o evento Zombie Walk aqui de São Paulo, onde a rapaziada se fantasia (?) de zumbis e perambula por um determinado local, zumbizando quem passa. Dentro dessa premissa, a história de Cadú conta que ao invés de ser apenas uma diversão, os zumbis que lá estão (a coisa toda acontece no vão do MASP) são verdadeiros, só que nessa surge o Demetrius Dante para dar um jeito nos amiguinhos da vizinhança. A arte-final é do Omar.
Will com seu enorme coração, não impôs nada, deixando-me livre para criar a hq e dar a minha interpretação de seu personagem. Curiosamente pensei no rosto do antigo ator alemão que fez carreira em Hollywood também nos anos 30 e 40, Peter Lorre. Para os que não conhece ele está em clássicos noir como “Casablanca”, “Relíquia Macabra” e “M, o vampiro de Dusseldorf”. Foi a forma que imaginei para seu rosto, salvo, claro, algumas adaptações e atualizações.
A revista nova do “Sideralman” será lançada no próximo dia 31 de outubro às 19:30 na Livraria HQ Mix aqui em São Paulo.
O astro dos anos 40 Peter Lorre referência para minha versão do Demetrius Dante e a capa do novo gibi do Sideralman do Will.

HQ Mix Livraria: Praça Roosevelt, 142 - Centro- São Paulo/SP




8 de outubro de 2009

UM SAMBINHA PRA GENTE APRENDER A PASSAR COM O TEMPO


No dicionário “ave de arribação” é uma pequena ave que voa sempre em bandos e que emigram certas épocas do ano. Muito parecida com a rolinha e também conhecida como “ribaçã” ou “arribaçã”.
Partindo deste significado resolvi contar uma hq autobiográfica aonde um dos pontos seria justamente falar sobre as constantes modificações de nossas vidas e que tudo que foi vivido, o passado, na verdade não é para ser constantemente revivido, nem muito menos para se esquecer. Simplesmente entender que tudo tem sua hora e seu momento: situações, locais, assuntos e... pessoas... principalmente.
Por se tratar de algo pessoal, autobiográfico, era fundamental fugir do lirismo piegas, auto-piedade, julgamentos, excessos de rasas profundidades, tendências a se copiar estilos, nada disso. Senão não seria... oras, uma hq autobiográfica.
Para ajudar mais, o que andei divulgando no twitter e que pode até ter parecido se tratar de uma piada e não era, foi que a hq “O sambinha da ave de arribação” que está na edição 5 da “Café Espacial”, recém saída do forno, se trata de –uma hq autobiográfica que não aconteceu- e é justamente isso que ela é.
Como? Juntando 90% de elementos vividos, personagens reais, pensamentos sinceros e algo que poderia ter sido mas não foi. Aí entra um elemento ficcional, porém carregado de verdades, mesmo que o que se conta não. Por questão da sorte ou destino, não pelos quadrinhos, eles sim criam realidades dentro de sensações verdadeiras. Sentimentos reais.

Agora, pode se perguntar o que tem a ver o título “Sambinha”? Bem ... não se trata de um rock (tão comum aos quadrinhos em muitos casos), ou jazz... algo mais para um sambinha... daquele simples e bonitos do tipo que o mestre Cartola fazia...

Para adquirir "Café Espacial"#5 escreva para
justicaeterna@gmail.com

2 de outubro de 2009

O QUE VEM DEPOIS DE DEPOIS DA MEIA-NOITE

Muita gente acompanhou a mini-série “Depois da meia-noite” que lancei juntamente com o Omar no ano passado. A mini-série dividida em três partes que tinha roteiro e desenhos meus e a arte-final do Omar contava a ação de um serial killer que após matar suas vítimas entrava em contato com a polícia informando seu ato e onde encontrar o corpo, na investigação do caso, uma detetive viciada em heroína. Nesse molho todo há ainda uma dose de mais mistério com intervenções de algumas figuras estranhas e que ao longo da história não se definem muito para o leitor, deixando inclusive um tom meio sobrenatural.


Muita gente, conforme disse, acompanhou essa mini-série. Muitos gostaram muitos não, pelo final quase todo em aberto, e as coisas funcionam assim. Esse ano “Depois da meia-noite” ganhou um troféu HQ Mix como melhor edição independente especial de 2008, um tremendo resultado para esse trabalho antigo, feito há doze anos que patinou dentro de propostas editoriais até que virou a primeira (e até o momento única) publicação do selo que eu e o Omar criamos para nos auto-publicar, o Quadro Imaginário.

Na realidade quando terminamos essa hq em 1997, eu pensei justamente em mais histórias envolvendo os personagens dessa trama e mais, introduzindo novos. Com o término da publicação no ano passado, a idéia foi aos poucos sendo retomada, o problema estava justamente em eu assumir os desenhos, pois estava e estou ainda comprometido com alguns projetos profissionais e pessoais, o que sem dúvida dificultaria um andamento bacana para isso, a idéia então seria eu escrever o roteiro e ter um desenhista para armar a parceria e ele justamente veio através de um velho amigo e parceiro, Alexandre Santos, ilustrador, grande ilustrador que inclusive foi o autor da capa da terceira e última parte da mini-série. Em conversa com o Alê onde explicava algumas intenções futuras com essa história tive a surpresa dele se manifestar em querer assumir os desenhos. Idéia aceita. Negócio fechado.


Uma idéia que já estava pré-concebida desde quando foi feito o primeiro arco de histórias é que essa continuação caminharia por outros rumos para dar um gosto de interesse e de descobertas para o leitor. Alguns personagens teriam suas histórias mais remexidas, como no caso do misterioso Pirata que na mini-série surge para supostamente ajudar o detetive Raposo na investigação, pois conhece muito sobre o psicopata, sendo ele responsável pela sua perna amputada (daí o apelido Pirata), e é nessa história, a princípio que temos um dos pontos centrais dessa continuação. Claro, não adianto muita coisa para não estragar a coisa toda.


O Alexandre já trabalhou no esboço de alguns personagens e nos estudos de página. Perfeito. Eu aqui, estou trabalhando no roteiro e devo terminá-lo logo. A intenção é lançá-lo em 2010.


Por enquanto deixo aqui só alguns dos estudos que o Alê fez já deixando um gostinho do que virá mais adiante.