17 de dezembro de 2009

            Essa semana foi ao ar uma entrevista que dei para o jornalista
 Cesar Freitas para o programa Metrópolis falando sobre o lançamento de Yeshuah.
            Para quem não viu...

7 de dezembro de 2009

MUITOS AMIGOS NA NOITE DE YESHUAH

Na última sexta, dia 04, eu e o Omar fizemos o lançamento de “Yeshuah – assim em cima assim embaixo” na Livraria HQ Mix, aqui em São Paulo. Muita gente amiga esteve presente compartilhando a alegria e satisfação desse nosso novo trabalho.

A coisa não foi tanto pra revistas “Caras”, mas tinha muita gente bacana e fundamental para nós.
01-Uma geral da frente da livraria com algumas pessoas que estiveram presentes.
02-Queridos amigos de sempre: André Diniz de costas, Aninha Recalde, Will e Jozz.
03-Gualberto (de costas) e Dani,  proprietários da Livraria HQ Mix batem um papinho com o Douglas da Devir.
04-Durante entrevista a César Freitas para seu quadro sobre quadrinhos no Programa Metrópolis.
05-Grande em todos os sentidos, o roteirista e editor Alex Mir.
06-Chiques no “úrtimo”, o roteirista e editor Edson Rossatto e a bela Dani.
07-Dark Marcos, querido amigo e parceiro de muitas andanças das saudosa Tianinha nos quadrinhos. Ao fundo o seu Spacca.
08-André Diniz no embalo da festa, autografando seu 7 Vidas.

09-Omar, Laudo e Jozz: três artistas sérios e pensantes.
10-Airton Neves, amigo e parceiro de vários eventos onde atuei como caricaturista.
11-André Leite, ex-bond boca.
12-Com Júlia Bárány, autora do tremendo prefácio do livro.
13-André Diniz num belo bate-papo com Paulo Ramos e sua namorada (algo deixou o Diniz perplexo...)
14-“Me traz uma cerveja!” É isso, Laudo?
15- Grande figura presente: Spacca.

16-Omar pensando na vida enquanto Laudo assina mais um livro.
17-Laudo, sempre um gentleman.
18-Os jornalistas César Freitas e Cida Candido, a escritora Bárbara Stracke e o maridão Diego Munhoz que colaborou na produção do livro.


Fotos: Cida Candido





1 de dezembro de 2009

Eu e o Omar aguardamos vocês na próxima sexta para conhecerem nosso novo trabalho e batermos um bom papo.

27 de novembro de 2009

HISTÓRIA DO PADRE ANCHIETA QUE NÃO ACONTECEU

Há alguns anos atrás, e para variar, não tenho a medida exata de tempo, mas digamos há mais de cinco anos, fui procurado pelos padres jesuítas aqui do Pátio do Colégio São Bento, aqui em São Paulo, local famoso e histórico, para a produção de uma história em quadrinhos sobre o Padre Jesuíta José de Anchieta.

Essa hq faria parte de um projeto maior que englobaria documentário, filme de longa metragem, livro e mais algumas coisas sobre o padre jesuíta. Na ocasião, nossas reuniões estavam fluindo bem e um pouco mais para frente, o André Diniz entrou no projeto para justamente trabalhar no roteiro. Acabou que a coisa toda não aconteceu, não decolou, nenhuma das propostas que eu, pelo menos, saiba.
Desse período, mostro para vocês um quadro de uma página de estudo para essa hq, mostrando tipo de traço, cor (à mão, na aquarela, hoje em dia, talvez optasse pelo photoshop).


Com toda essa movimentação de quadrinhos históricos atualmente, talvez hoje fosse o momento propício para lançar esse projeto, mas muito provavelmente os padres jesuítas do Pátio do Colégio tenham desistido da idéia.





19 de novembro de 2009

"ELE" VAI PARA OS QUADRINHOS E VIRA "YESHUAH"

No próximo dia 04 de Dezembro teremos na Livraria HQ Mix aqui em São Paulo o lançamento de “Yeshuah – assim em cima assim embaixo”, trabalho com roteiro e desenhos meus e arte-final do Omar. Depois de um longo tempo, longo mesmo, várias histórias, a obra enfim sai através da Editora Devir. Aguardada por alguns e já conhecida por outros “mais chegados”.

Yeshuah” como já é sabido por muitos conta a história de Jesus dentro de uma visão pessoal, embora eu tenha me baseado primeiramente nos evangelhos canônicos como espinha dorsal, como base para o roteiro dessa história. O trabalho foi feito ao longo de nove anos praticamente e nesse tempo todo foi produzido aproximadamente 500 páginas o qual dividi em três volumes, o primeiro que sai agora, o segundo ainda sem título e que breve começo a preparar a edição e o terceiro que finalizo os desenhos. Por se tratar de um trabalho pessoal, obviamente tive que adaptar o ritmo de sua produção ao meu ritmo de trabalho no estúdio (e logicamente o Omar na arte-final).
Claro que no decorrer desses anos, muita coisa mudou e creio eu, foi melhorando, a começar do próprio título pensado inicialmente em “Ele” e durante um bom tempo a idéia era essa, com o passar do tempo percebi o quanto ligado à igreja católica esse título estava e, mesmo se tratando de uma visão pessoal, porém com bases nos textos do novo testamento, para mim era impensável ter essa ligação mesmo que indireta. No meio desse processo resolvi passar todos os nomes de personagens, localidades e termos para o hebraico e foi justamente nesse período que veio o nome definitivo: de “Ele” passou para “Yeshuah” que significa “salvação” em hebraico. Dentro do álbum, o nome de Jesus é Yeshu, tradução literal de seu nome. Curiosamente, essa mudança dos nomes para a língua hebraica, criou um certo distanciamento, como se fosse uma outra história, outros personagens: Maria virou Miriam, José Yosef, Joaquim (pai do João Batista) virou Yohahim, Belém virou Beth Lehem e por aí vai.
Cada volume fecha uma história, necessariamente o leitor não precisará acompanhar os três. Claro que a leitura completa, irá proporcionar o melhor entendimento de certas partes. A hq começa com Hannah, mãe de Miriam, seus problemas por já estar em uma idade avançada (pelo menos para época) e ainda não ter dado a luz e segue pela história de Miriam e a misteriosa gravidez justamente no momento em que fica noiva de um respeitável operário de Natzaret. A história de Miriam é o ponto central de praticamente todo esse primeiro volume. Yeshu entra na parte final da hq e o leitor vem a conhecê-lo, juntamente com seu irmão Yakov, ambos seguidores do batista Yohánan e é no meio do Jordão entre tantos seguidores que ambos conhecem Miriam, uma mulher independente, dona de seu nariz e desejosa por conhecer novas verdades espirituais que ela acredita ter encontrado em Yohánan, o batista, até conhecer aquele misterioso e curioso homem chamado Yeshu.

Nas próximas postagens, amigos, comentarei mais alguns detalhes e curiosidades desse trabalho. Coisas que acredito ser interessante trazer a vocês.


10 de novembro de 2009

QUADRINHOS NO METRÔ REPÚBLICA

No ano passado, produzi juntamente com o Omar (na arte-final e cores) uma revista em quadrinhos para a Editora Europa sobre a história da chegada da Família Real no Brasil e a Independência. Trabalho esse que teve um tremendo retorno bacana por parte de crítica e leitores, vendas, claro. A Editora Europa nesse ano de 2009 resolveu investir bacana na questão dos quadrinhos educacionais, sem perder o lance do entretenimento que um bom quadrinho deve ter e novamente chamou eu (nos desenhos e arte-final) e o Omar (nas cores) para produzir uma segunda edição de “História do Brasil em Quadrinhos” e dessa vez o tema é a Proclamação da República.
A hq contou com o roteiro e pesquisa histórica do Edson Rossatto, editor e roteirista e um tremendo talento que despontou nos quadrinhos, além de ser uma grande figura e um daqueles amigos novos e queridos, uma das coisas bacanas é quando essa parceria extrapola o mero profissionalismo, sem, no entanto perde-lo.
Essa nova edição de 59 páginas de quadrinhos será lançada entre final desse mês de novembro e início de dezembro, portanto, voltaremos a falar dela. Por enquanto vale trazer para vocês um outro lance bem legal que começa a partir de hoje: uma exposição no Metrô República, aqui em São Paulo, claro, com 20 painéis mostrando detalhes da produção dessa edição, pesquisas, seqüências da hq, cenas e figuras históricas como ficaram na concepção desse quadrinho. Além de muitas ruas tradicionais e históricas de nossa São Paulo que serviram como cenário para essa hq.

A exposição inicia hoje, 10 de novembro e segue até o dia 30 no Metrô República e o horário é das 4:40 às 00h., com organização da Andross Editora e HQ em Pauta, com apoio do Metrô de São Paulo, Editora Europa e Programa Embarque na Leitura.

Um trabalho super bacana de produzir e com certeza uma exposição bacana de se ver e é claro, bacana de se ler.


3 de novembro de 2009

Página feita a pedido do Will e Marcos Venceslau para o zine "Subterrâneo". A participação minha tinha tema livre. Na falta de idéia melhor, a própria falta... ou excesso serviu de tema.

26 de outubro de 2009

BONITINHAS

Não há nada de muito excepcional à princípio. Duas bonitas senhorinhas juntas. Estava sentado atrás delas e própria simplicidade da coisa dispensa maiores palavras.

22 de outubro de 2009

ZUMBIS COMENDO GENTE NA PAULISTA!!!!

lA onda de filmes de zumbis já perdura há um bom tempo já e graças a alguns blockbusters que rondam nossos cinemas e locadoras. Confesso que nunca fui apaixonado por esse gênero de filme de terror, embora alguns clássicos como “A noite dos mortos-vivos” do George Romero ou trash como “Zumbi Holocausto” são do meu pleno agrado. Claro, há o antigo “A montanha dos canibais” com a então deliciosa Ursula Andress, primeira bond-girl, aparecendo nua nesse filme onde a loira se vê perdida no meio de uma tribo de canibais, clássico trash dos anos 70. Ok, o filme fala de canibais e não de zumbis, mas é tudo um pessoalzinho esquisito que adora comer carne humana... embora comer a carne da Úrsula Andress não é tão de mau gosto assim.

Mas o gênero, conforme disse, nunca foi do meu agrado e confesso que nunca levei a sério (se é que é para levar). Essa história de uns caras putrefados andarem pra lá e pra cá, com a boca aberta babando e gemendo comendo umas pessoas meio lesadinhas que não correm e nem conseguem escapar dessas figuras que rastejam, no mínimo é engraçado. Mas, isso é uma opinião pessoal, respeito os adoradores do gênero que levam isso (sic) a sério.

Com essa idéia então, topei participar da nova revista do “Sideralman” do desenhista Will, grande cara e grande quadrinista. A convite dele, desenhei uma história em quadrinhos de seu outro personagem, Demetrius Dante, um investigador de casos sobrenaturais e insólitos. O roteiro do Cadú Simões brinca com o evento Zombie Walk aqui de São Paulo, onde a rapaziada se fantasia (?) de zumbis e perambula por um determinado local, zumbizando quem passa. Dentro dessa premissa, a história de Cadú conta que ao invés de ser apenas uma diversão, os zumbis que lá estão (a coisa toda acontece no vão do MASP) são verdadeiros, só que nessa surge o Demetrius Dante para dar um jeito nos amiguinhos da vizinhança. A arte-final é do Omar.
Will com seu enorme coração, não impôs nada, deixando-me livre para criar a hq e dar a minha interpretação de seu personagem. Curiosamente pensei no rosto do antigo ator alemão que fez carreira em Hollywood também nos anos 30 e 40, Peter Lorre. Para os que não conhece ele está em clássicos noir como “Casablanca”, “Relíquia Macabra” e “M, o vampiro de Dusseldorf”. Foi a forma que imaginei para seu rosto, salvo, claro, algumas adaptações e atualizações.
A revista nova do “Sideralman” será lançada no próximo dia 31 de outubro às 19:30 na Livraria HQ Mix aqui em São Paulo.
O astro dos anos 40 Peter Lorre referência para minha versão do Demetrius Dante e a capa do novo gibi do Sideralman do Will.

HQ Mix Livraria: Praça Roosevelt, 142 - Centro- São Paulo/SP




8 de outubro de 2009

UM SAMBINHA PRA GENTE APRENDER A PASSAR COM O TEMPO


No dicionário “ave de arribação” é uma pequena ave que voa sempre em bandos e que emigram certas épocas do ano. Muito parecida com a rolinha e também conhecida como “ribaçã” ou “arribaçã”.
Partindo deste significado resolvi contar uma hq autobiográfica aonde um dos pontos seria justamente falar sobre as constantes modificações de nossas vidas e que tudo que foi vivido, o passado, na verdade não é para ser constantemente revivido, nem muito menos para se esquecer. Simplesmente entender que tudo tem sua hora e seu momento: situações, locais, assuntos e... pessoas... principalmente.
Por se tratar de algo pessoal, autobiográfico, era fundamental fugir do lirismo piegas, auto-piedade, julgamentos, excessos de rasas profundidades, tendências a se copiar estilos, nada disso. Senão não seria... oras, uma hq autobiográfica.
Para ajudar mais, o que andei divulgando no twitter e que pode até ter parecido se tratar de uma piada e não era, foi que a hq “O sambinha da ave de arribação” que está na edição 5 da “Café Espacial”, recém saída do forno, se trata de –uma hq autobiográfica que não aconteceu- e é justamente isso que ela é.
Como? Juntando 90% de elementos vividos, personagens reais, pensamentos sinceros e algo que poderia ter sido mas não foi. Aí entra um elemento ficcional, porém carregado de verdades, mesmo que o que se conta não. Por questão da sorte ou destino, não pelos quadrinhos, eles sim criam realidades dentro de sensações verdadeiras. Sentimentos reais.

Agora, pode se perguntar o que tem a ver o título “Sambinha”? Bem ... não se trata de um rock (tão comum aos quadrinhos em muitos casos), ou jazz... algo mais para um sambinha... daquele simples e bonitos do tipo que o mestre Cartola fazia...

Para adquirir "Café Espacial"#5 escreva para
justicaeterna@gmail.com

2 de outubro de 2009

O QUE VEM DEPOIS DE DEPOIS DA MEIA-NOITE

Muita gente acompanhou a mini-série “Depois da meia-noite” que lancei juntamente com o Omar no ano passado. A mini-série dividida em três partes que tinha roteiro e desenhos meus e a arte-final do Omar contava a ação de um serial killer que após matar suas vítimas entrava em contato com a polícia informando seu ato e onde encontrar o corpo, na investigação do caso, uma detetive viciada em heroína. Nesse molho todo há ainda uma dose de mais mistério com intervenções de algumas figuras estranhas e que ao longo da história não se definem muito para o leitor, deixando inclusive um tom meio sobrenatural.


Muita gente, conforme disse, acompanhou essa mini-série. Muitos gostaram muitos não, pelo final quase todo em aberto, e as coisas funcionam assim. Esse ano “Depois da meia-noite” ganhou um troféu HQ Mix como melhor edição independente especial de 2008, um tremendo resultado para esse trabalho antigo, feito há doze anos que patinou dentro de propostas editoriais até que virou a primeira (e até o momento única) publicação do selo que eu e o Omar criamos para nos auto-publicar, o Quadro Imaginário.

Na realidade quando terminamos essa hq em 1997, eu pensei justamente em mais histórias envolvendo os personagens dessa trama e mais, introduzindo novos. Com o término da publicação no ano passado, a idéia foi aos poucos sendo retomada, o problema estava justamente em eu assumir os desenhos, pois estava e estou ainda comprometido com alguns projetos profissionais e pessoais, o que sem dúvida dificultaria um andamento bacana para isso, a idéia então seria eu escrever o roteiro e ter um desenhista para armar a parceria e ele justamente veio através de um velho amigo e parceiro, Alexandre Santos, ilustrador, grande ilustrador que inclusive foi o autor da capa da terceira e última parte da mini-série. Em conversa com o Alê onde explicava algumas intenções futuras com essa história tive a surpresa dele se manifestar em querer assumir os desenhos. Idéia aceita. Negócio fechado.


Uma idéia que já estava pré-concebida desde quando foi feito o primeiro arco de histórias é que essa continuação caminharia por outros rumos para dar um gosto de interesse e de descobertas para o leitor. Alguns personagens teriam suas histórias mais remexidas, como no caso do misterioso Pirata que na mini-série surge para supostamente ajudar o detetive Raposo na investigação, pois conhece muito sobre o psicopata, sendo ele responsável pela sua perna amputada (daí o apelido Pirata), e é nessa história, a princípio que temos um dos pontos centrais dessa continuação. Claro, não adianto muita coisa para não estragar a coisa toda.


O Alexandre já trabalhou no esboço de alguns personagens e nos estudos de página. Perfeito. Eu aqui, estou trabalhando no roteiro e devo terminá-lo logo. A intenção é lançá-lo em 2010.


Por enquanto deixo aqui só alguns dos estudos que o Alê fez já deixando um gostinho do que virá mais adiante.

29 de setembro de 2009

SENTIMENTOS FUTUROS



Na próxima semana enfim começa o 6ºFIQ. A rapaziada já está a mil para o evento e não é por menos. Muita coisa vai rolar. Muitos lançamentos. Um em especial ligado ao cenário independente vai marcar presença e com responsabilidade: a edição 8 da revista “Quadrinhópole” editada pelo roteirista Leonardo Melo.
A edição em questão tem como tema ficção-científica. Todas as histórias que compõe esse número tratam desse gênero, vasto gênero por sinal. Fui convidado pelo desenhista e editor Edu Mendes (de outra excelente independente, “Garagem Hermética”) a desenhar um roteiro seu: “Oxitocinax”. Nome estranho e difícil de falar. Topei embora não ache, ou melhor, tenha a certeza, de não se tratar de um gênero que me dê bem desenhando. Mas vale a experiência, principalmente porque então, o Edu me proporcionou total liberdade para compor a história. Visualmente na minha forma de narrar e na concepção dos personagem.
Para ser sincero não me recordo de termos conversado sobre a concepção visual dos personagens, o que ele, como criador do roteiro esperava. Bem, sem essa premissa parti para meus caminhos e dar vida aos personagens vindos da cabeça (de pouco cabelo) do Edu.

“Oxitocinax” é uma hq passada em um futuro não muito distante. Bem, isso é básico. Optei em trabalhar com um background muito próximo à nossa realidade, principalmente por dois lugares da hq serem peças fundamentais: um laboratório, tipo um posto de saúde e um metrô. Locais tremendamente comuns em nosso dia a dia e muito urbano. Os figurantes dessa história então, pensei que salvo intervenções estilosamente futuristas, digamos assim, deveriam ser muito identificáveis com pessoas do nosso dia a dia. E assim foi e assim está o tempo todo na hq.
São três os personagens dessa trama: um ciborgue que faz seus cambalachos para se sustentar, um balconista atendente do laboratório e um funcionário do metrô.
Para compor o rosto do ciborgue, imaginei um cara meio na linha do Bruce Willis. Confesso a vocês não morrer de amores por esse ator, porém o seu ar cínico e frio, inexpressivo era o que o personagem meio homem meio máquina pedia, embora na finalização, no desenhar a hq, ele não tenha ficado parecido com o ator hollywoodiano. Ainda falando em atores gringos, o astro Morgan Freeman serviu para que eu compusesse o atendente do laboratório. Há algo meio de paizão que esse ator passa, porém há um lado irônico daquelas pessoas mais vividas e experientes que observa alguém e diz “Bem, deixa ele quebrar a cabeça, assim aprende” que novamente achei que caberia para esse personagem, principalmente porque o balconista conhece muito bem o protagonista da hq. Mas acrescentei porém, uns cílios grandes para que ele tivesse também um certo jeito "delicado". Por fim, o funcionário do metrô, usei o ator global Anderson Muller que ficou mais conhecido por interpretar o guarda de transito corno na novela “Caminho das Índias”. Há algo ali naquele personagem que interpretou que achei que se adequava ao visual do funcionário do metrô. Achei mais interessante sair do estereótipo do cara esperto (pois o personagem meio que pede isso) e jogar algo meio abobalhado nele, mas “não muito”, pois é quando justamente o ciborgue cruza em seu caminho, aí sim, surgiu a oportunidade dele também se dar bem.

Pensei numa São Paulo caótica futurista, como o próprio roteiro sugere. Suja, abarrotada de gente. O Laboratório em que a ação acontece lembraria os postos de saúde e hospitais públicos brasileiros. O tempo é sempre frio.

“Oxitocinax” tem roteiro do Edu Mendes, conforme disse, desenhos desse vosso escriba e arte-final do Omar e será lançada na próxima semana durante o FIQ. Quem estiver por lá, confiram. Quem não for, é só aguardar ela chegar nas comics shops.



Arte da capa da próxima Quadrinhópole feita pelo tremendo Will.

23 de setembro de 2009

NERO, UM COELHO UM TANTO QUANTO NERVOSO

O compadre Omar, parceiro do estúdio, tremendo arte-finalista e colorista, criou há algum tempo atrás o Coelho Nero, personagem de uma série de tirinhas que ele vem publicando no blog do seu personagem . O Nero é uma figuraça, um tanto complicado, cheio de paranóias, manias e mais um monte de coisas.

Fiz uma versão extremamente paranóica do Nero, rabiscando no caderno de esboços, ontem, numa segunda chuvosa e meio fria enquanto trabalhávamos.
Pra conferir melhor e de perto esse complicado coelho, acessem

15 de setembro de 2009

DELICIOSOS PALHAÇOS NO QUINTAL


No ano de 2004 realizei um trabalho que foi tremendamente prazeiroso: uma caricatura de trupe de palhaços-jogadores do espetáculo Jogando no Quintal. Essa ilustração foi usada em postais e cartazes da turma durante um período.

Mas o que é Jogando no Quintal?

Trata-se de um espetáculo teatral, digamos assim, inspirado na estrutura de uma partida de futebol. O jogo é disputado por dois times de três palhaços cada, lógicamente há o árbitro também um palhaço e uma banda de música (adivinha? também palhaços, claro!) que além de tocar todo o tipo de música adequada à situação do jogo, cria sons e efeitos.

O genial do trabalho desses talentosíssimos palhaços é o improviso. A partida-espetáculo é toda feita em cima do improviso dos jogadores e conta com a participação do público interagindo, é ele aliás que dá os temas a serem usados durante o jogo. Portanto, não há truques de cena é talento e improvisação mesmo.

Quem for aqui de São Paulo e não conhece, precisa conhecer pra se divertir. E quem não for daqui também, passando pela paulicéia, vá rir e se divertir com esse tremendo time do humor.

http://www.jogandonoquintal.com.br/

6 de setembro de 2009

QUATRO MOMENTOS RABISCADOS





Alguns rabiscos feitos em épocas e em situações diferentes. Todos impreterivelmente retratam o meu pensamento diante de alguma situação ou pessoa.

1 de setembro de 2009

A MULA-SEM-CABEÇA ATACA!

Uma pequena cidade do Amazonas é assolada por uma onde de boatos sobre estranhas aparições da folclórica Mula-Sem-Cabeça e a coisa agrava mais quando um cidadão da cidadezinha é morto no meio de um milharal. Para investigar toda essa história chega ao local uma figura não menos misteriosa chamada Sesil Pereira. A partir daí os nós serão desatados ou talvez, mais apertados ainda. É conferir.
"O mistério da Mula-Sem-Cabeça" é o próximo trabalho meu, feito em parceria com o roteirista Alex Mir e o Omar, na arte-final e cores que será lançado e isso para início de outubro pela Editora Via Lettera. Essa hq foi selecionada no ano passado no ProAC 23, programa da Secretaria de Cultura de apoio a vários seguimentos da sociedade e esse especialmente se refere aos quadrinhos. Bacana isso.
Esse trabalho antes de ser inscrito no programa já estava nos meus planos de desenhá-la, pois há uns dois anos atrás, quando o Alex Mir me falou desse roteiro, dessa idéia, me pegou em cheio e topei imediato.
Há um tom leve e descompromissado que muito me ganhou também nessa trama, pois trabalhos assim cada vez mais tornam-se precisos, pois nem só de intimismos, adaptações e violência vive nosso quadrinho. O Mir, roteirista e editor da revista independente "Tempestade Cerebral" mostra nessa história um outro lado seu como criador já que a rapaziada está acostumada a ver em seus roteiros assuntos mais voltados para o gênero herói. E um detalhe muito bacana nessa parceria foi à liberdade que o próprio Mir me deu para que eu pudesse abusar em algumas sequências doidas . Como disse, resta aguardar para conferir.
Há alguns detalhes a se falar desse novo trabalho, mas vamos aguardar para quando ele sair do forno, aí sim, abro mais o jogo aqui ou na versão fotolog do Banda Mamão.

Essas imagens são os primeiros estudos que fiz para esse hq e mostram justamente a protagonista, a mula em si, e o misterioso investigador Sesil Pereira e o garoto Simeão, figura chave também na trama. Ambos tiveram alguns detalhes de seus visuais modificados para a finalização da hq.

31 de agosto de 2009

HUMOR NA REVISTA ALTERNATIVA 2

Como não expliquei na postagem anterior, peço mil desculpas,"Alternativa" é uma publicação da Editora Nipakku do Brasil direcionada aos brasileiros que residem no Japão. A revista circula por todo o país.
A página que eu e o Omar produzimos quinzenalmente se chama "Humor com a Banda" (a "Banda" do título remete ao nome de nosso estúdio-Banda Desenhada) e geralmente é criada em cima de matéria de capa.

20 de agosto de 2009

EU, A TV E OS GORDINHOS LUTADORES DE SUMÔ

Existe um exercício de desenho que é bacana de se fazer, a maioria dos desenhistas sabeme praticam: deixar a mentevazia, solta, sempensar nada especificamente e consequentemente deixar que sua mão com o lápis corra solta sobre o papel, deixando fluir para sair o que tiver que sair. Muitas vezes sai algo no mínimo curioso.
Não sou de ficar muito tempo em frente a uma televisão. Já fui mais. Muito mais. Minha paciência hoje é bem limitada e se restringe a ver noticiários (mas não muito porque a desgraça come solta!!), um ou outro programa e um ou outro filme. Mesmo com tv a cabo com sua infinidade de canais, muitas vezes não há nada de muito interessante.
Porém, às vezes me pego como na situação que menciono no início dessa conversa: tô lá eu sentado em frente a tv com papel e lápis na mão vendo algo sem o menor sentido de se estar assistindo. Exemplo? Canal árabe. Canal alemão. Nada contra o canal em si. Mas qual o significado de se ficar meia hora, quarenta minutos, ou até mais (!!) sentado no sofá com o olhar fixo na tv vendo um programa numa língua que eu não faço a menor idéia do que estão falando e às vezes nem tendo a idéia do que se trata o assunto abordado.
Minha esposa às vezes me questiona isso. Fico sem responder. Mistérios insondáveis do insconsciente.
Foi numa dessas "trip" em frente ao tubo de imagem que fiquei mais ou menos uns vinte minutos vendo um canal japonês onde estava transmitindo um campeonato de luta de sumô. Confesso que fiquei esse tempo olhando, olhando, olhando aqueles lutadores gordos, com aquela tanguinha estranha deixando aqueles bundões gordos pra fora, se pegando, se empurrando, se esfregando, num misto de interesse desinteressado. Olhando.
Realmente não houve e nem há reflexão alguma. Nada aproveitável a não ser os riscos que cometi.
Ah, claro, isso porque eu disse também que não tinha mais paciência com televisão...

14 de agosto de 2009

UMA REPORTAGEM FALANDO DE QUEM FAZ QUADRINHOS



Alguns trabalhos instigam. Trazem novidade. É claro, que isso só nos acrescenta. Assim foi produzir uma reportagem em quadrinhos juntamente com o jornalista Paulo Ramos, editor (entre outras coisas) do excelente Blog dos Quadrinhos. Há cerca de um ano atrás, mais ou menos, a rapaziada do 4ºMundo, coletivo de editores, desenhistas e roteiristas, que atualmente dispensa maiores comentários, solicitou do Paulo um texto para o informativo publicado pelo coletivo. Proposta aceita, Paulo fez então a contraproposta de produzir uma reportagem em quadrinhos contando a história do coletivo e para essa idéia ele me procurou propondo a parceria. Claro que aceitei, principalmente pela excelente idéia e segundo pela tremenda oportunidade de trabalhar junto com um cara do gabarito do Paulo Ramos, nessa o Omar entrou junto. Parceiro é parceiro. O resultado desse trabalho, dessa reportagem está contido em três páginas de quadrinhos e já foi lançada na edição três do coletivo do 4º Mundo. Claro, amigos, não vou me estender muito aqui, pois todo o processo dessa criação será levado amanhã, sábado a partir das 17 horas na Quanta Academia de Artes. Escola de desenho localizada no bairro Ana Rosa, aqui em São Paulo, pertinho do metrô Ana Rosa. Será uma boa oportunidade para quem for ficar sabendo maiores detalhes dentro de um bate-papo descontraído. Eu e o Paulo estaremos lá numa conversa juntamente com o ilustrador Edu Mendes, grande figura do 4ºMundo e editor do informativo. Aguardo-os lá: “Palestra Jornalismo em Quadrinhos” A partir das 17 horas Na Quanta Academia de Artes Rua Dr. José Queiroz Aranha, 246. Fones: (011) 3214-0553 / 3214-4873 http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/ http://4mundo.com/

3 de agosto de 2009


No começo a gente parece que não sabe... mas sabe sim!