23 de abril de 2014

DE VOLTA A CAMPINAS

             Em fevereiro estive em Campinas participando de um evento de quadrinhos promovido pela Biblioteca Municipal. Evento agradabilíssimo, que teve uma presença muito grande de público, o que repercutiu inclusive em boas vendas de livros. Agora, graças ao convite do Robson Reiz, desenhista  e entusiasta dos quadrinhos, que tive a oportunidade de conhecer durante esse primeiro evento, volto a Campinas para mais um encontro de quadrinhos, que promete também ser um sucesso.
             O evento contará coma presença de vários autores e editores, muitos da própria cidade, como o talentosíssimo Mário Cau, que vem despontando a passos muito largos no cenário das hq's nacionais, graças a obras imprescindíveis como "Terapia" e a sua bela adaptação de "Dom Casmurro" de Machado de Assis.

             No dia estarei vendendo alguns trabalhos meus como  os dois primeiros volumes de Yeshuah, a adaptação de "Auto da barca do inferno", "O mistério da mula sem cabeça", além de edições da revista "Café Espacial" com trabalhos meus e "Coisas que um coelho pode te dizer" do Omar Viñole com seu estimado Coelho Nero.
            Com este evento no próximo dia 27 de abril, abre uma série de outros eventos que irei participar ao longo de maio, junho, julho e agosto, todos relacionados ao lançamento do último livro da trilogia Yeshuah, e claro, vou divulgando por aqui em doses homeopáticas, caríssimos.

16 de abril de 2014

DA IDEIA PARA FINALIZAÇÃO I


            Há algum tempo atrás, o desenhista e editor Mário Latino, me pediu uma arte para capa da edição 86 de seu jornal de tiras Graphiq, um trabalho de fôlego seu que, mensalmente reúne um time de cartunistas de primeira linha que publicam tiras e seus personagens, além de colaboradores, estudiosos e pesquisadores que escrevem sobre o universo dos quadrinhos. Um trabalho de grande qualidade, de grande relevância e de muito carinho, inclusive porque a distribuição do jornal é gratuita.
         Para compôr a idéia da arte para essa capa, num primeiro momento descartei a ideia de trabalhar com algo de humor, engraçado, pois não é a minha praia, por mais que faça minhas tiras do Banda Mamão publicadas no site do meu
estúdio , mas isso é uma outra história, enfim. Quem trabalha com criação sabe que muitas vezes, algumas coisas são pensadas, equacionadas, e, se não obtém ótimos resultados, pelos menos são satisfatórios, e há aquelas ideias que simplesmente vem e dispensam maiores explicações, maiores entendimentos dentro do plano racional. Aí, na minha opinião, pelo menos, se trabalha com a criação instintiva do artista e a interpretação instintiva do leitor, neste caso. E foi por aí, que cometi a arte da capa da Graphiq 86, juntando alguns elementos lúdicos e de memória afetiva do leitor, mas levemente contaminada, que é uma Alice (do país das maravilhas, com um vestidinho que inclusive remete à animação da Disney) um pouco mais, crescidinha, digamos assim, num encontro mágico em misterioso, e claro, o resto da interpretação, se é que se precisa, fica para os leitores. Optei também em fazer a mão o título do jornal, junto com a ilustração, para ficar algo mais rústico, meio antigo, digamos assim, dispensando o uso de fonte do computador sobreposta à arte.
           No canto superior à direita, está o primeiro estudo que fiz, com a primeira intenção da imagem, rabisco rápido mesmo para guardar a idéia e abaixo, a versão em preto e branco, onde usei pincel, canetinhas nanquim descartáveis e bico de pena e posteriormente a versão colorida, numa levada mais monocromática. Enfim, o processo foi esse. Boa apreciada.


11 de abril de 2014

ESTUDOS PARA CAPA DO "AUTO DA BARCA DO INFERNO"

          Hoje trago para vocês, o processo de criação da capa do álbum Auto da barca do inferno, adaptação para os quadrinhos do clássico texto teatral do autor português Gil Vicente que fiz e foi publicada pela Editora Peirópolis em 2011. A ideia pensada foi mostrar o anfitrião da história, o diabo, como que recebendo o leitor, convidando-o para entrar na barca do inferno, algo que ocorre durante todo o texto teatral e consequentemente na hq, portanto, a capa do álbum já ambientaria o leitor no clima que encontraria no quadrinho.
          Duas primeiras versões foram feitas, antes de chegar à definitiva.
          Para quem quiser saber mais sobre o processo de criação deste trabalho, é só conferir aqui mesmo no blog.
Primeiros dois estudos para capa

Terceiro e último estudo e a versão final da capa impressa



3 de abril de 2014

O MASCARADO MEIA-NOITE VOLTA EM VERSÃO DIGITAL

           Nesta semana entrou no ar a versão para aplicativo da minissérie “Depois da meia-noite”, para iPAD. Este projeto veio acontecer graças a uma parceria minha e do Omar, através do nosso Estúdio Banda Desenhada e da empresa Caos Developers do Vitor Amaral e Alex Cardoso, num momento propício, onde tanto eu como o Omar estava  cogitando  transformar nossos trabalhos em quadrinhos para o digital, aplicativos e e-books. A parceria com os meninos da Caos  aconteceu numa sintonia perfeita e principalmente com objetivos comuns.
         
  A versão para aplicativo do “Depois da meia-noite” ficou no mínimo, excelente. Em cada edição, o leitor terá vários recursos como animação de algumas páginas, áudio com ambientação da história (onde poderá habilitar ou desabilitar), visualizar as edições e banners informativos. A versão é 1.0 e a compatibilidade para o aplicativo requer iOS 7. E para muito breve, será lançada a versão em inglês. A minissérie é recomendada para maiores de 17 anos.
           Abaixo, amigo, neste preview, você terá uma noção do que espera na versão digital do “Depois da meia-noite”.
           Para os que não se recordam deste trabalho, ou não conhecem, ele teve roteiro e desenhos meus e arte-final do Omar, foi lançado em 2007 em três edições publicadas de forma independente pelo nosso selo Quadro Imaginário. A HQ mostra a caça de dois policiais a um serial killer conhecido como Meia-noite. A história é contada através de alguns personagens que são interligados, como uma policial viciada em heroína, um padre em crise religiosa, um policial aposentado sem uma perna, e um misterioso suspeito de ser o próprio assassino. A minissérie ganhou HQ Mix em 2008 de Melhor Publicação Independente Especial, além de ter sido muito bem recebida pela crítica especializada e pelo público.
           Enfim, com este lançamento, o Estúdio Banda Desenhada, ou melhor dizendo, Laudo Ferreira e Omar Viñole, estreiam uma parceria que com certeza vai gerar muitos frutos legais para essa geração dos quadrinhos digitais e o próximo já está sendo preparado para e-book que é a revista do personagem Coelho Nero do Omar, “Coisas que um coelho pode te dizer” e que breve será lançada. É aguardar.
           Para visualizar e adquirir as edições (a primeira é gratuita) é só clicar aqui.