Capa da nova revista da personagem Tianinha |
Tianinha foi criada por mim a pedido do
primeiro editor da revista, Licínio Rios, inclusive o nome da personagem foi
proposto por ele, fazendo uma alusão a uma conhecida colega sua, também do meio
editorial. O sucesso da loira se estendeu na internet também, num período em
que os fotologs e blogs começavam a ganhar mais espaço e
popularidade. O fotolog da personagem que durou uns bons anos, chegou a ter
duzentas mil visitações em um mês, o que não é pouco hoje e muito menos na
época, 2005/2006…
O
final da série ocorreu pelo cancelamento do título da revista, pela
vendagem baixa que já se manifestava no mercado editorial em relação aos
títulos masculinos, as revistas de mulher pelada. E, naquele período optei
também em dar uma aposentadoria para personagem. Costumava brincar em
bate-papos entre amigos e mesmo em eventuais entrevistas, quando me perguntavam
da personagem, dizendo que ela estaria em algum lugar paradisíaco do mundo
gozando, como sempre fez muito bem, de umas merecidas férias, afinal nove anos,
é para poucos, dentro do cenário do quadrinho nacional.
Agora,
por que voltar a produzir suas hq’s, passado todos esses anos? Confesso não ser do meu estilo, voltar a
trabalhar com coisas já feitas, principalmente material que foi exaustivamente
produzido. Muitos amigos editores independentes e autores, já propuseram que trouxesse
à tona esse ou aquele personagem ou mesmo desse continuidade a esse ou aquele
livro, mas não, sempre fui da intenção de seguir adiante, pois há muita ideia
por aí esperando ser colhida. Porém em um determinado momento, há uns dois anos
atrás, algumas coisas começaram a acontecer que foram montando um painel de
possibilidades na minha cabeça: conversa com alguns amigos que foram ligados
direta ou indiretamente à personagem, como o jornalista Roberto Sadovski,
que foi editor um período da Sexy e da Sexy Total, um grupo de garotas, jovens, entre seus
vinte e poucos anos, que foram em uma palestra minha e lá, depois numa conversa
informal, contaram ser fãs da personagem e o quanto a Tianinha representava
para elas como conceito feminino, enfim, tudo isso foi gerando algo e algo novo
na minha cabeça. Foi então que realmente pude perceber que livre, digamos
assim, das rédeas de uma revista masculina onde obrigatoriamente a Tianinha
teve que assumir uma postura erótica o tempo todo, pois era a tônica de suas
histórias, a personagem mostrou para mim que tinha um universo de
possibilidades a serem exploradas, claro, também o erotismo, mas muito mais.
Poderia traze-la do gênero onde ela ficou sedimentada, para o que hoje é o meu
pensar de criar hq’s, gerar entretenimento. E assim foi feita a aposta que foi lançada no mês de outubro de 2017: Tianinha – O ponto transcendental.
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