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Sequência inicial da nova hq da Tianinha |
Nesta versão 2017, a coisa muda
completamente. Quase completamente. Primeiramente pelo meu lado de criador e
mesmo de profissional do desenho, onde seria quase que impossível voltar a
trabalhar com aquele tipo de histórias e cenas desenhadas. Não por uma questão
de moralismo, ou qualquer coisa semelhante, mas pela minha postura diante do
meu trabalho e das coisas ter mudado muito. Amadurecimento, pode ser o nome a
se dar, porém não me preocupo muito com isto. Óbvio que ainda nutria um imenso
carinho por essa personagem, que disparado é a minha criação, meu personagem
mais popular. Como disse na postagem anterior, a intenção primeira era trazer a
personagem para este novo (já não tanto) jeito de fazer quadrinhos, ou seja, o
cara que escreveu e desenhou coisas como a trilogia Yeshuah, “Cadernos de Viagem”, “Histórias do Clube da Esquina”, entre tantas outras coisas, poderia também fazer
novas hq’s da Tianinha e faze-la presente dentro deste time de obras.
Foi
dentro deste conceito que foi feito o primeiro número recentemente lançado. Há
uma incrível sensação de infinitas possibilidades, de temas, tramas, coisas a
se discutir, nas hq’s desta série. Lógico, ela continua uma garota gostosa,
sensual e adepta do bom sexo, com quem ela quiser. Mas há outras coisas
importantes a se contar em histórias e claro, antes de tudo, entreter.
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Tianinha: versão 2017 com doses da versão antiga |
Vale
por fim comentar com vocês que, há um curioso raciocínio sobre a Tianinha, que
se adequa muitíssimo bem a todo esse momento em que as mulheres cada vez mais
vem mostrando definitivamente sua igualdade e em alguns casos, a superioridade
em relação a nós homens. Já chegaram a comentar que a Tianinha, a personagem,
não poderia estar desse jeito que agora estou trazendo em 2017, que tinha que
continuar a ser como foi no passado… ou seja fadada a ser aquilo ao qual foi
“criada”. Pois bem: a questão do “tem que”, uma imposição de algo, d’uma
postura, mesmo para uma personagem que à princípio pareça já definida, coisa
que ela não é, me lembra muito a postura de alguns muitos machos pensam em
perpetuar sobre as mulheres e seu local no mundo. Nada disso. Absolutamente
não. Como mulher de papel, eu como criador, livre, podemos, eu e ela,
caminharmos pelos destinos que nós iremos escolher. Não é isso?
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