2 de janeiro de 2024

O QUE VEM POR AÍ EM 2024 (assim espero)

   Nesse ano que acabou de acabar, minhas atualizações neste, ao qual sempre me refiro como “meu bom e velho blog”, procurei manter um razoável ritmo de postagem. Não com aquela frequência ao qual muitas vezes pretendi, mas dentro da medida do possível estive comparecendo e compartilhando com vocês diversas coisas ligadas ao meu trabalho.

            Trazendo então minha primeira postagem de 2024, quero mostrar alguns dos projetos em andamento e outros já concluídos que provavelmente serão lançados ao decorrer deste ano. Obviamente não depende só de minha vontade (quem dera assim fosse!), mas envolve outros tantos independentes de minha pessoa. 

Não precisa me amar toda hora

Roteiro de Sergio Chaves. Querido amigo de longuíssima data. Editor, roteirista e design, que há quinze anos vem trazendo sua fundamental revista de cultura em geral, e claro, muito quadrinho, Café Espacial. Premiada inúmeras vezes com o HQ Mix. A hq conta sobre os conflitos pessoais e amorosos, e tudo misturado, de Simone uma mulher madura, professora, assim como das pessoas à sua volta: seu marido, um caso amoroso e uma amiga. Tudo ambientado numa metrópole paulistana.  Dentro do processo de quadrinização que venho desenvolvendo,  procurei dar um clima, um ritmo muito, mas muito inspirado nos filmes da Novélle Vague dos anos 60, assim como outros clássicos do cinema europeu deste mesmo período como Anônimo Veneziano. E tudo muito regado, obviamente a uma trilha sonora deste mesmo período e principalmente desses filmes e outros, ambientando o estúdio na hora de produzir as artes. Obviamente, na ocasião do lançamento voltarei a falar melhor dessa hq.


O homem do lado de fora

Roteiro meu, com arte estupenda de Rodrigo Mazer. Trata-se também de um roteiro produzido há algum tempo, assim como Não precisa me amar toda hora, e que teve todo um percurso até ser realizado. Aqui, um psicólogo pesquisador da expansão da consciência e seus métodos para tal realização, dr. Jefferson, enquanto realizava uma de suas experiências, acaba desdobrando sua consciência, atravessando as barreiras da realidade e enxergando o mundo, ou a verdade, como ela realmente é e, principalmente o horror que isso representa não só para ele como para todos nós. A arte hiper-realista do talentosíssimo Rodrigo Mazer traz o tom perfeito que esta história precisa ter.

Letícia faz cinema

Roteiro de Antonio Vicente Pietro, é uma viagem idílica e psicodélica por um universo do cinema clássico de todas as épocas e gêneros, tendo como protagonista, obviamente a Letícia do título: uma atriz que se submete à todas possibilidades que cada momento por ela vivido e experimentado dentro do universo cinematográfico. Muito sexo, sadomasoquismo e outros delírios.

O alimento do Dragão

Roteiro meu com arte estupenda de Marcel Bartholo. Anteriormente já havíamos feito O santo sangue, que inclusive ganhou um HQ mix de Melhor Roteirista. Esta hq traz uma nova peripécia de Vérnio, o matador de aluguel, protagonista de O santo sangue. Aqui, o personagem já está numa idade mais avançada que em sua aventura anterior e com problemas recorrentes, como a visão fraca e tremores nas mãos. Mesmo assim, precisando arrumar de dinheiro para seu sustento, inclusive para comprar seus remédios, aceita mais trabalho sujo: eliminar uma família de retirantes que se abrigaram nas terras de um latifundiário. A questão perene em toda história que envolve de certa forma todos os personagens é, o que alimenta realmente sua existência? Você tem fome de que? E assim, como em O santo sangue, a expectativa é se Vérnio irá ter uma nova experiência de vida e irá entender que é hora de mudar seu destino ou irá continuar preso à seus princípios?


            Todas essas produções em andamento (exceto O homem do lado de fora que já está totalmente finalizado) ainda estão sem editora, vale acrescentar e obviamente sem previsão exata de lançamento. Como disse, há um projeto de quem sejam lançados ao decorrer deste ano.

            Há ainda a série Ménage que faço com Germana Viana e Marcatti que deverá ter sua edição de número sete já em produção brevemente e outros projetos já concluídos há mais de uma ano e que ainda não posso divulgar. Vamos torcer que este ano, também saiam do forno.

             Começando o ano com uma perspectiva de semear e colher o fruto de tantos anos de amor por essa arte de contar e desenhar histórias.

      


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